quarta-feira, 23 de dezembro de 2009



MetadeOswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor

Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio
comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção


E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Água Viva


Oswaldo Montenegro
Composição: Raul Seixas e Paulo Coelho

Eu conheço bem a fonte
Que desce aquele monte
Ainda que seja de noite
Nessa fonte está escondida
O segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Ê ta" fonte mais estranha
Que desce pela montanha
Ainda que seja de noite
Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noite
Sei que são caudalosas as torrentes
Que regam os céus, infernos, regam gentes
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Assim como todas as portas são diferentes
aparentemente todos os caminhos são diferente
Mas vão dar todos no mesmo lugar
O caminho do fogo é a água
Assim como o caminho do barco é o porto
O caminho do sangue é o chicote
Assim como o caminho do reto é o torto
O caminho do risco é o sucesso
Assim como o caminho do acaso é a sorte
O caminho da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte
Nessa fonte está escondida
O segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Ê ta" fonte mais estranha
Que desce pela montanha
Ainda que seja de noite
Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noite
Sei que são caudalosas as torrentes
Que regam os céus, infernos, regam gentes
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite



O cantor e compositor Oswaldo Montenegro faz única apresentação de seu novo show, De Passagem, no dia 20 de outubro de 2012, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro / RJ. Empunhando violas de 6 e 12 cordas e também à frente do teclado, Oswaldo Montenegro baseia o repertório do show no CD homônimo, lançado em 2011 e que vem recebendo menções elogiosas da crítica especializada. Entre as canções inéditas estão “Eu Quero Ser Feliz Agora”, “A Vida Quis Assim” e “Velhos Amigos”, que se intercalam com grandes sucessos de sua carreira, como “Bandolins”, “A Lista” e “Lua e Flor”, entre outros. No palco, ele é acompanhado pelos músicos Madalena Salles (flauta), Alexandre Meu Rei (guitarra e violão), Pedro Mamede (bateria), Yan Montenegro (teclado) e Márcio Alencar (baixo). Um dos principais nomes da MPB, Oswaldo Montenegro mantém uma trajetória bem-sucedida na música, no cinema, na literatura e no teatro. Já lançou 41 CDs e 5 DVDs, conquistando 2 discos de ouro, um de platina e um DVD de ouro.

agenda de show do cantor

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